OS ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DA COPAÍBA

Revista Geografar

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Editor Chefe: Luiz Lopes Diniz Filho
Início Publicação: 30/11/2006
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Geografia

OS ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DA COPAÍBA

Ano: 2009 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: J. C. Rosa, A. M. da S. Gomes
Autor Correspondente: J. C. Rosa | [email protected]

Palavras-chave: etnobotânica, copaíba.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste trabalho é resgatar a importância da relação homem e natureza, desde o momento da sua utilização como meio de sobrevivência. O método utilizado neste trabalho foi pesquisar de forma criteriosa os dados culturais de diferentes saberes tradicionais relativo a copaíba. Interligando os seus saberes e significações, através de bibliografias, documentos acadêmicos e crônicas relativo a etnobotânica da copaíba. A Copaíba é uma espécie vegetal, Copaífera que pertence à família Leguminosae, sub-família Caesalpinoideae. No Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela, existem 30 (trinta) espécies americanas e nos países da África, 04 (quatro) africanas. No Brasil ocorrem 16 espécies autóctones. Todas as variedades produzem uma resina, chamada óleo de copaíba, obtidas por incisão no tronco. Por isso, a árvore é conhecida como “pau-de-óleo”, “óleo branco” e “árvore do óleo diesel”. Mas a designação mais utilizada é copaíba. As florestas tropicais das Américas Central e do Sul são as mais atingidas pelo desmatamento, juntamente com as formações savânicas como é o caso do Cerrado. As causas dessa redução da cobertura vegetal, incluindo a copaíba se devem a exploração florestal intensiva para produção de carvão vegetal para abastecer a indústria siderúrgica. Em Minas Gerais muitas das áreas desmatadas foram ocupadas pelo reflorestamento do eucalipto e pinos. O óleo extraído da copaíba é utilizado na cicatrização de cortes na pele do homem e dos animais, como combustível nas lamparinas, na calafetação do casco de pequenas embarcações ribeirinhas e até mesmo marítimas pelos nossos colonizadores, portugueses e espanhóis. Portanto, os usos tradicionais da copaíba datam de tempos anteriores ao período colonial, refletindo o aporte do conhecimento produzido por etnias indígenas, africanas e comunidades rurais (Salvador, 1627). Contextualizar o uso da copaíba, requer políticas sócio–ambientais favoráveis ao extrativismo local, opondo-se a questão das patentes e da biopirataria.