OS COLÉGIOS JESUÍTICOS EUROPEUS E SUAS INFLUÊNCIAS NO TEATRO POPULAR DE JOSÉ DE ANCHIETA: A ARTE DE CONVENCER

Revista Binacional Brasil-Argentina

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ISSN: 2316-1205
Editor Chefe: José Rubens Mascarenhas de Almeida
Início Publicação: 30/06/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

OS COLÉGIOS JESUÍTICOS EUROPEUS E SUAS INFLUÊNCIAS NO TEATRO POPULAR DE JOSÉ DE ANCHIETA: A ARTE DE CONVENCER

Ano: 2017 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: C. N. D. Silveira, A. P. B. S. Casimiro, M. C. O. de Almeida
Autor Correspondente: C. N. D. Silveira | [email protected]

Palavras-chave: Teatro, Colégios Jesuíticos, José de Anchieta, América Portuguesa.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A prática teatralnão era novidade para os primeiros jesuítas que vieram para o Brasil. Na Europa, desde a fundação da Ordem e dos   primeiros   colégios,   os  jesuítas  faziam   amplo   uso   dos recursos  cênicos  como  parte  constituinte  do  currículo  de  seus estudantes.  As  representações  eram  recursos  para  as  práticas oratórias como forma de expor os conteúdos aprendidos, sendo também     importante     artifício     das     comemorações.     Sua obrigatoriedade   já   se   fazia   presente   nas   Constituições   da Companhia   e   perdurou   no   texto   da Ratio   Studiorum.   No contexto  da  América Portuguesa,  José  de  Anchieta  fez  amplo uso  de  seus  conhecimentos  em  retórica,  adquirido  no  Colégio das  Artes,  em  Coimbra,  para  criar  um  teatro  adaptado  ao  seu público, formado principalmente por indígenas. Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo analisar tal prática teatral nos Colégios  Jesuíticos,  especialmente  no  Colégio  das  Artes,  em Coimbra, com vistas a identificar os elementos que subsidiaram José de Anchieta na criação de um teatro adaptado ao contexto da América Portuguesa. Os resultados apontaram que  Anchieta não esqueceu seus estudos no colégio conimbricense, mas, pelo contrário,  adaptou-os  ao  contexto  do  Novo  Mundo,  e  soube aplicá-los  à  conjuntura  social  de  acordo  com  as  finalidades  de catequização pensadas pelos jesuítas.
 



Resumo Espanhol:

La práctica teatralno era una novedad para los primeros jesuitas que  vinieron  a  Brasil.  En  Europa,  desde  la  fundación  de  la Orden y de los primeros colegios, los jesuitas hacían un amplio uso  de  los recursos  escénicos  como  parte  constituyente  del currículo de sus estudiantes. Las representaciones eran recursos para   las   prácticas   oratorias   como   forma   de   exponer   los contenidos  aprendidos, siendo  también  importante  artificio  de las conmemoraciones. Su obligatoriedad ya se hacía presente en las  Constituciones  de  la  Compañía  y  perduró  en  el  texto  de  la Ratio Studiorum. En el contexto de la América Portuguesa, José de  Anchieta  hizo  un  amplio  uso  de  sus  conocimientos  en  la retórica,  adquirida  en  la  Facultad  de  Artes,  en  Coimbra,  para crear un teatro adaptado a su público, compuesto en su mayoría por  indígenas.  En  este  sentido,  el  presente  estudio  tuvo  como objetivo  examinar  dicha  práctica  teatral  en  colegios  jesuitas, especialmente en la Facultad de Artes de Coimbra, con el fin de identificar  los  elementos  que  apoyaron  José  de  Anchieta  en  la creación   de   un   teatro   adaptado   al   contexto   de   América Portuguesa.  Los  resultados  apuntaron  que Anchieta  no  olvidó sus estudios en el colegio conimbricense, pero, por el contrario, los adaptó al contexto del Nuevo Mundo y supo aplicarlos a la coyuntura    social    de    acuerdo    con    las    finalidades   de catequización pensadas por los jesuitas.