Os conceitos de tempo e memória de Santo Agostinho em A Chave de Casa de Tatiana Salem Levy

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ISSN: 2675-570X
Editor Chefe: Me. Junior Cunha
Início Publicação: 11/08/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Os conceitos de tempo e memória de Santo Agostinho em A Chave de Casa de Tatiana Salem Levy

Ano: 2024 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Helen Agustina Velasco Acosta; José Carlos da Costa
Autor Correspondente: Helen Agustina Velasco Acosta | [email protected]

Palavras-chave: Literatura. Filosofia Medieval. Autoficção.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A autoficção, gênero híbrido que surge da mescla entre autobiografia e ficção, nasce de um sujeito que percebe o presente como algo transitivo e célere. Na impossibilidade de capturar significados enquanto eles estão em fuga, os narradores e personagens buscam sentido no tempo já solidificado, isto é, no passado, presentificado em forma de memória, e a partir de uma constante e árdua reflexão, intentam narrar a si mesmos a sua história. Este artigo pretende verificar como os conceitos de tempo e a memória, conforme entendidos por Santo Agostinho, se desenvolvem no livro A Chave de Casa, de Tatiana Salem Levy. Se este gênero literário, que cresce e se expande gradualmente, procura explicações no passado, a pergunta subsequente pode apontar somente para as motivações que fundamentam esta busca, e mais: o que é o tempo e a memória, e o que há neles que é suficientemente sólido para apoiar a questão do sentido da vida? Assim, esta pesquisa limita o seu objeto de estudo aos livros X e XI das Confissões, parcela da obra em que Agostinho discorre sobre os conceitos que nos contemplam, enquanto considera a completude de A Chave de Casa para alcançar o seu objetivo.



Resumo Inglês:

Autofiction, a hybrid genre that arises from the blend of autobiography and fiction, is born from a subject who perceives the presente as something transitory and swift. Due to the impossibility of capturing meanings while they are in motion, narrators and characters seek meaning in time that has already solidified, that is, in the past, made present in the form of memory. Through constant and arduous reflection, they attempt to narrate their own story to themselves. This article aims to investigate how the concepts of time and memory, as understood by Saint Augustine, develop in the book A Chave de Casa by Tatiana Salem Levy. If this literary genre, which grows and expands gradually, seeks explanations in the past, the subsequent question can only point to the motivations that sustains this search, and more: what are time and memory, and what is there in them that is sufficiently solid to support the question of the meaning of life? Thus, this research limits its object of study to books X and XI of the Confessions, the part of the work in which Augustine discusses the concepts that concern us, while considering the entirety of A Chave de Casa to achieve its goal.