Este artigo apresenta uma reflexão em relação aos desafios da pesquisa com bebês e
crianças pequenas. Nele são expostas duas experiências de pesquisas etnográficas nas quais se
utilizou como instrumento de captura dos dados fotografias, gravações em vÃdeo e diário de
campo. Tais pesquisas evidenciam a importância das interações entre pesquisador e
pesquisados, apontando que estar com as crianças e capturar suas experiências envolve uma
atitude de escuta, presença sensÃvel e disponÃvel ao outro. ConcluÃmos que pesquisar com
crianças engloba acolhimento, olhares, gestos, toques e emoções em uma perspectiva
ampliada para além da comunicação oral, uma intercorporeidade que se dá no plano dos
afetos.