Apresentam-se algumas reflexões acerca dos sentidos produzidos por homens jovens de uma comunidade de pescadores no Nordeste do Brasil sobre uso dos serviços de atenção básica de sua região. Parte-se de informações obtidas por meio de observação participante, dos dados da Secretaria Municipal de Saúde e dos grupos de discussão realizados com os homens jovens. Identificou-se o crescente consumo de álcool e outras drogas psicoativas entre os jovens, e uma preferência, entre os membros da comunidade, em usar o conhecimento leigo de cuidados com a saúde, e não a rede oficial de assistência, recorrendo a esta só em caso de piora no quadro e/ou dor. Aponta-se a necessidade de se ampliar a reflexão sobre a masculinidade, tendo em vista o comprometimento com a saúde do homem.
This paper presents some reflections on the meanings produced by young men from a fishing community in the Northeast of Brazil about the use of primary health care services in their region. They are based on information obtained through participant observation, on data provided by the Municipal Health Department and on discussion groups conducted with the young men. It was observed that the consumption of alcohol and other psychoactive drugs is growing among the young men. In addition, lay knowledge of health care is preferred to the official care network, which is sought for only in case of worsening of the health conditions and/or severe pain. Thus, we point to the need of broadening the debate on masculinity in view of the commitment to man's health.
Son presentadas algunas reflexiones sobre los significados producidos por hombres jóvenes de una comunidad de pescadores en el nordeste de Brasil sobre el uso de servicios de atención básica en su área. Se parte de informaciones obtenidas a través de la observación participante; de los datos de los servicios de Salud Municipal y de los grupos focales realizados con jóvenes. Se identifica entre los jóvenes un creciente consumo de alcohol y otras drogas psicoactivas y una preferencia, entre los membros de la comunidad, a utilizar sus conocimientos legos de los cuidados de la salud y no el servicio de la red social, buscándolo sólo cuando hay un empeoramiento y/o se siente dolor. Asà pues, hay la necesidad de ampliar el debate sobre la masculinidad teniendo en cuenta su relación con la salud del hombre.