A tessitura deste texto que ora se apresenta tem como finalidade discutir a análise do discurso (CERTEAU, 1982) percebendo que aquele possui uma intencionalidade conforme a intuito do enunciador. De tal maneira, que as práticas discursivas tornam-se um meio social de poder (FOUCAULT, 1996). Ao partir desse entendimento, buscou-se analisar os discursos gestados sobre os sertões do Seridó, nas primeiras décadas do século XX, entendendo que estes se constituem de jogos de interesse e promovem uma identidade ao lugar ou a sociedade proclamada. Para tanto, analisamos os discursos de José de Azevêdo Dantas contidos em seus jornais O Raio e O Momento e os discursos anunciados por Oswaldo Lamartine de Faria em uma entrevista que o mesmo concedeu a amigos próximos (CAMPOS, 2001) como aquele percebia e representava os sertões do Seridó. Pode-se averiguar que cada agente social produziu um sertão ao seu ponto de vista e aos interesses que aqueles almejavam. O sertão tornou-se sertões (AMADO, 1995), tendo em vista que, ele se modifica conforme a ação dos agentes discursivos.
The aim of this text presented here is to discuss discourse analysis (CERTEAU, 1982) realizing that it has an intentionality according to the intent of the speaker. In such a way, that the discursive practices become a social means of power (FOUCAULT, 1996). Based on this understanding, we sought to analyze the discourses generated about the backlands of Seridó, in the 昀椀rst decades of the twentieth century, understanding that these are games of interest and promote an identity to the proclaimed place or society. To this end, we will analyze the speeches of José de Azevêdo Dantas contained in his newspapers O Raio e O Momento and the speeches announced by Oswaldo Lamartine de Faria in an interview that he granted to close friends (CAMPOS, 2001) as he perceived and represented the backlands of Seridó. It can be ascertained that each social agent produced a sertão to their point of view and to the interests that they sought. The sertão became sertões (AMADO, 1995), considering that it changes according to the action of the discursive agents
