Neste artigo discutimos questões suscitadas a partir de uma pesquisa de mestrado que se propôs a investigar o mal-estar existente entre os educadores de creche em decorrência da percepção de indícios de violência sexual entre seus alunos. Entrevistamos cinco educadores, buscando compreender como pensam e subjetivam as experiências ligadas à violência sexual perpetrada contra as crianças que frequentam a creche e como lidam com o aspecto formal da denúncia. Algo de um mal-estar emergiu nos discursos dos educadores ligado a interdição da fala sobre o fenômeno da violência sexual, encontrando somente o sussurro como possibilidade de articulação pela linguagem.
In this article, will be discussed issues raised from a master’s research about the existing malaise on day by day of day care educators due to the perception of sexual violence among their students. Thereunto, we interviewed five educators, trying to understand how they think and subjectively experience the sexual violence perpetrated against children attending day care and how they deal with the formal aspect of the complaint. A malaise emerged in the discourses of educators noticed to the interdiction of speech about the phenomenon of sexual violence, finding only the whisper as a possibility of articulation through language.