No mister que compreende a psicopatia e seus efeitos deflagrados no comportamento dos indivíduos, a construção da identidade psicopática é o fruto de uma série negativa de fatores embasados na esfera fisiológica e sócio-psicológica, que norteiam o conseqüente resultado de uma personalidade moldada na natureza prazerosa da vingança. Vários são os componentes que tecem a personalidade e o comportamento do indivíduo perante a sociedade. E, diante desse rol, destacam-se os fatores hereditários, biológicos, sócio-culturais e familiar. A proposta deste artigo é levar à discussão, a formação da personalidade psicopática, na figura de um dos maiores serial killers brasileiro, Pedro Rodrigues Filho, vulgo “Pedrinho Matador”. Uma personalidade corporificada pelo ódio e prazer, por uma inconfundível falta de emoção e desprovido de remorso pelo sofrimento alheio, engendrado pela postura anti-social que se encontra patologicamente alterada. Viés de interessante observação se compreende na esfera de estudo realizada pelo professor da Universidade de Cornell, Jeff Hancock e seus colegas, onde revelam que os psicopatas tendem a escolher palavras bastante concretas quando fala dos seus crimes, o que indica que possuem um objetivo claro quando os cometem2 . Nesse mesmo âmbito, o modus operandi, assinatura e escolha da vítima, são métodos carimbados destas personalidades, fonte inconfundível de fragilidade e necessidade pessoal, revelada pela instabilidade razão e emoção. Destarte, sob os vários pilares que constroem a identidade humana, Pedro Rodrigues Filho, o temeroso e justiceiro, a máquina de violência e crueldade, dentro e fora das penitenciárias, será nosso alvo de estudo na análise deste artigo científico.