Este texto tem como intuito analisar o projeto Epigramas, de Manoela Nogueira, no qual a artista plástica produz inscrições em espaços de recordação da cidade de Porto Alegre, buscando relembrar aos transeuntes a ligação daquele local com a Ditadura Civil-Militar (1964-1985). Para produzir a análise, partimos da relação histórica entre catástrofe e memória para examinar dois eixos fundamentais de elaboração do trauma: a escrita e a imagem. Assim, buscamos elucidar como intervenções artísticas do tipo podem reelaborar o passado e criar uma visão crítica da história.