No âmbito da educação, ocorreu, na década de 1940, uma intensa mobilização, sob a forma de campanhas embalsadas pelo movimento do “entusiasmo pela educação”. Nesse contexto, surgiu a Campanha do Ginasiano Pobre (1943), hoje Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), como um movimento para ofertar educação à população carente, cujos fundadores foram imbuídos das ideias ligadas ao “entusiasmo pela educação”. Nesta perspectiva, buscaremos analisar os fundamentos sociopolíticos e pedagógicos das escolas Cenecistas, particularmente no processo em que ocorreu a mudança de nome, passando de Campanha Nacional de Ensino Gratuito para Campanha Nacional de Escola da Comunidade. Para um melhor entendimento dessa mudança de nome é imprescindível a discussão do conceito de comunidade. Portanto, analisaremos a década de 1960, nesse período o Desenvolvimento de Comunidade (DC) esteva associado ao conceito de comunidade como um paradigma de progresso e participação, conforme afirma Pagaza (1997). Esse discurso desenvolvimentista passa a ser assumido pela CNEC. Assim, os fundamentos sociopolíticos e pedagógicos das escolas Cenecistas tinham como fundamento básico a cooperação voluntária, resultado da interação da comunidade. Os agentes desse processo seriam lideranças que deveriam estimular a mudança através de seus próprios exemplos, da realização de suas próprias vidas e das relações que estabeleceriam com os outros.
In the area of education, there was an intense mobilization in the 1940s in the form of campaigns embalmed by the “enthusiasm for education” movement. In this context, the Poor Gymnasium Campaign (1943), today the National Community Schools Campaign (CNEC in Portuguese), emerged as a movement to offer education to the needy population, whose founders were imbued with ideas linked to “enthusiasm for education”. In this perspective, we will seek to analyze the sociopolitical and pedagogical foundations of Cenecist schools, particularly in the process of renaming, from the National Free Teaching Campaign to the National Community School Campaign. For a better understanding of this name change, it is essential to discuss the concept of community. Therefore, we will analyze the 1960s, during which period Community Development (DC) was associated with the concept of community as a paradigm of progress and participation, as stated by Pagaza (1997). This developmental discourse is now assumed by CNEC. Thus, the sociopolitical and pedagogical foundations of the Cenecist schools were based on voluntary cooperation, the result of community interaction. The agents of this process would be leaders who should stimulate change through their own examples, the realization of their own lives, and the relationships they would establish with others.
En el ámbito de la educación, ocurrió en la década de 1940 una intensa movilización, baixo a forma de campañas embalsadas por el movimiento del "entusiasmo por la educación". En ese contexto, surgió la Campaña del Ginasiano Pobre (1943), hoy Campaña Nacional de Escuelas de la Comunidad (CNEC), como un movimiento para ofrecer educación a la población necesitada, cuyos fundadores fueron imbuidos de las ideas vinculadas al "entusiasmo por la educación". En esta perspectiva, buscaremos analizar los fundamentos sociopolíticos y pedagógicos de las escuelas Cenecistas, particularmente en el proceso en que ocurrió el cambio de nombre, pasando de Campaña Nacional de Enseñanza Gratuita para Campaña Nacional de Escuela de la Comunidad. Para un mejor entendimiento de ese cambio de nombre es imprescindible la discusión del concepto de comunidad. Por lo tanto, analizaremos la década de 1960, en ese período el Desarrollo de la Comunidad (DC) estaba asociado al concepto de comunidad como un paradigma de progreso y participación, como afirma Pagaza (1997). Este discurso desarrollista pasa a ser asumido por la CNEC. Así, los fundamentos sociopolíticos y pedagógicos de las escuelas Cenecistas tenían como fundamento básico la cooperación voluntaria, resultado de la interacción de la comunidad. Los agentes de ese proceso serían líderes que deberían estimular el cambio a través de sus propios ejemplos, de la realización de sus propias vidas y de las relaciones que establecían con los demás.