O presente artigo tem como objetivo expor uma análise da obra Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein e, a partir disso, apresentar os limites da linguagem indicados pelo autor. Para realização dessa tarefa, é necessário que se leve em conta o caráter da obra que tende a estabelecer as condições de possibilidade da verdade ou falsidade das proposições que compõem a linguagem. Dentro dessa perspectiva, os seguintes tópicos discorrem primeiramente sobre as influências que marcaram a escrita do Tractatus e a forma como a filosofia de Frege e Russell impactou e contribuiu para a elaboração da obra. Em segundo plano, são abordadas as implicâncias da análise semântica da linguagem na construção da mesma, além de explanar o papel da lógica na construção de uma linguagem com sentido, que compartilhe de uma mesma estrutura com o mundo; feito isso, é possível o reconhecimento dos limites da linguagem e, posteriormente, uma indicação de quais seriam os temas sobre os quais não seria possível a construção de um enunciado com sentido. Tal questão toca em temas e discussões de grande importância para a filosofia. Por fim, tem-se a apresentação da conclusão da obra, que coloca dentro da esfera do Místico todas as proposições que tratam de quaisquer que sejam os temas metafísicos.