O presente artigo procura situar o diálogo inter-religioso monástico, no contexto das transformações da subjetividade, caracterÃsticas do perÃodo histórico, que está sendo chamado de “pós-modernidadeâ€. Pretendo pôr em evidência a relação entre a crise das formas de pensamento e de explicação do mundo da “modernidade†com a abertura para a pluralidade do ser e o surgimento do diálogo inter-religioso, mostrando como essa ruptura com o chamado “pensamento moderno†ocorreu concretamente, no meio intelectual francês, ao qual eu estava integrada, na época. Percebo, agora, que tal ruptura correspondeu, de fato, a uma passagem para a “pós-modernidadeâ€, com sua dimensão plural, com seu novo interesse pela religião, com sua necessidade de diálogo e de desenvolvimento da hermenêutica.