Os movimentos indígenas bolivianos no século XXI: entre o Estado e a comunidade originária

Revista do Programa de Pós-graduação em Sociologia

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ISSN: 2176-8099
Editor Chefe: Andreza Tonasso Galli
Início Publicação: 28/02/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Os movimentos indígenas bolivianos no século XXI: entre o Estado e a comunidade originária

Ano: 2010 | Volume: 17 | Número: 2
Autores: E. S. Costa
Autor Correspondente: E. S. Costa | [email protected]

Palavras-chave: estado-nação, movimentos indígenas bolivianos (MIBs), ação coletiva, CSUTBC, identidade indígena, racismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pretende-se, neste artigo, fazer um balanço crítico acerca da noção de indígena na Bolívia, em contraposição à concepção de Estado-nação eurocêntrico. Busca-se resgatar algumas contribuições dos movimentos indígenas bolivianos (MIBs), a partir de sua formação histórica, mas principalmente centrado nos ciclos de ações coletivas quase insurrecionais, iniciados entre 2000 e 2005. Assim, visualiza-se, entre várias questões, a reorientação da ação coletiva dos MIBs, manifestada por meio de um forte discurso étnico, da luta pela redistribuição das riquezas e do direito de se governar tendo como pressuposto o direito consuetudinário, que, por fim, visa a uma democracia mais inclusiva e participativa com relação à plurinacionalidade e de cunho “descolonial” para as trinta e seis nações originárias da Bolívia.



Resumo Inglês:

In this article, it is intended to make a critical assessment about the notion of indigenous people in Bolivia, as opposed to the Eurocentric concept of nation-state. The aim is to rescue some contributions of Bolivian indigenous movements (MIBs), from its historical formation, but primarily focused on the cycles of collective action almost insurrectionary, started between 2000 and 2005. This way, it’s possible to observe, among many issues, the reorganization of the collective action of MIBs, manifested by a strong ethnic discourse, the struggle for redistribution of wealth and the right of self-government having as basis the common law, which ultimately, aims at a more inclusive and participatory democracy in relation to plurinationality and with a “decolonial” stamp to the thirty-six nations originating in Bolivia.