Na sua obra tardia Roberto Cardoso de Oliveira refletiu sobre a história e a epistemologia da antropologia por recurso a algumas das noções centrais (In hermenêutica filosófica de Heidegger e Gadamer. Apesar dessa influência, podemos caracterizar o seu projeto como uma recusa de neeitar a hermenêutica como paradigÂma para a antropologia. Neste ensaio discutimos criticamente as razões
dessa recusa, argumentando que a filosofia hermenêutica tem um valor Inestimável para a antropologia como meio de deixar para trás os equÃvocos e os custos de assumir a oposição entre objetivismo e relativismo como parâmetro de avaliação e definição do conhecimento antropológico.