O paradigma clássico encontrado nas teorias discursivas ampara-se na concepção representativa da linguagem. O nome próprio, enquanto categoria de nominação transparente como ideal de representação pura,, reorienta as teorias lingüÃsticas para uma operação lexical, uma operação em que o sujeito se submete à objetividade representada. Em alguns sistemas delirantes nas psicoses, o ponto de partida da organização enunciativa se apóia em nomes próprios, numa aparente ancoragem do sujeito na designação de uma referência que implica a permanência do objeto. Para esclarecer algumas direções possÃveis do papel dêitico do nome próprio na enunciação, tomaremos o caso de um relato de um psicótico, Schreber [1903(1995)], publicado no livro Memórias de um doente de nervos.PALAVRAS-CHAVE: enunciação, discursos nas psicoses, Psicanálise.