Partindo do que declara o filósofo chinês Confúcio, nos analetos, ao declarar que sem conhecer a linguagem não há como conhecer o homem, isso, pois a linguagem representa não somente um conjunto de códigos que utilizamos para nos comunicarmos, mas, sobretudo, segundo Hall (2016), um repositório de valores e significados culturais, este estudo, considerando o que propõem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em relação ao preconceito linguístico, tem por objetivo discutir os mitos linguísticos enumerados pelos (PCN) de língua portuguesa. Para isso, consideram-se as contribuições autorais de Antunes (2003), Bagno (2007), Baniwa (2016), Bortoni-Ricardo (2004), Othero (2017), entre outros pesquisadores. De modo que foi possível constatar que a narrativa do preconceito linguístico apesar de buscar legitimidade no campo dos estudos da linguagem, não encontra fundamento nesse terreno, pois a língua(gem) é ao mesmo tempo de todos e de ninguém, não podendo, portanto, estar sob o controle de um único grupo.