O presente artigo tem como objetivo analisar a política do Pivô para a Ásia durante o governo de Barack Obama (2008-2016) por meio do Realismo Neoclássico. Nesse sentido, o presente artigo analisa as percepções das lideranças com relação às ameaças ou oportunidades no Leste Asiático, bem como as pressões domésticas que influenciaram a construção, a implementação e a condução do pivô durante o governo Obama. O artigo também analisa como a política do pivô afetou a percepção de países do Leste Asiático em relação ao comprometimento norte-americano com a região. Do ponto de vista metodológico, o artigo segue o método qualitativo, baseando-se em fontes primárias e secundárias para embasar os argumentos da pesquisa. O artigo conclui que os problemas orçamentários nos EUA, a ascensão de lideranças discursivamente contrárias aos custos das ações de segurança dos EUA em outros países, bem como pontos relacionados com a balança de poder interna norte-americana, afetaram negativamente a política do pivô. Ao passo que tal política se desenvolveu, as dúvidas sobre se os EUA continuariam, teriam capacidade de e agiriam no Leste Asiático impactaram as percepções dos países na região, impulsionando processos de militarização e dilemas de segurança no tabuleiro asiático
The objective of this article is to analyse the “Asia Pivot” US policy during Barack Obama’s government (2008-2016) through the lenses of Neoclassical Realism. With that in mind, this article analyses the leadership perceptions regarding threats and opportunities in East Asia, as well as domestic pressures that influenced the development, implementation and actions of the policy during the Obama administration. The article also analyses how the Asia Pivot policy affected the East Asian countries’ perception regarding US commitment with the region. From the methodology point of view, the article follows a qualitative approach, based in primary and secondary sources as the base of the research arguments. The article concludes that US budget problems, the rise of new leaderships against US expenditure and security actions in other countries, as well as issues involving the US internal power balance, affected in a negative way the Pivot policy. As the policy developed, doubts regarding US willingness and capacity to act in East Asia affected the perception of countries in the region, fuelling militarization processes and security dilemmas in the Asian theater.