Este artigo versa sobre as experiências etnográficas vivenciadas na Barbearia Elegante, localizada no Centro de Porto Alegre. A partir da observação participante no cotidiano do salão, percebe-se que o conflito emerge como a principal forma de sociação no ambiente, fazendo com que os profissionais da barbearia reflitam sobre si próprios em suas relações uns com os outros, ao mesmo tempo em que começam a se constituir enquanto personagens da pesquisa. O trabalho também contém reflexões sobre a territorialidade da barbearia de modo a entender a inserção do pesquisador em campo e sobre as aproximações entre os conceitos simmelianos de sociabilidade e conflito no contexto da Barbearia Elegante.
This paper discusses the ethnographic experiences in a barber shop located in Porto Alegre’s central area. From observating the barber shop’s everyday life, someone realizes that conflict emerges as the main form of association in that place. Then, the conflict makes it possible to the barbers to reflect on themselves and on their relanshionships with each other, also providing the researcher means to elaborate the characters of this ethnography. This work also contains considerations on the territoriality of the barber shop in order to understand the entrance of the ethnographer in the field of research and on the connections between Georg Simmel’s concepts of sociability and conflit in the barber shop’s everyday life.