Apesar das suas limitações, o marxismo clássico continua a ser uma teoria
imprescindÃvel para apreender criticamente a contemporaneidade. Contudo,
determinados dos seus pressupostos são insustentáveis. Partindo de uma crÃtica
construtiva do marxismo, nomeadamente ao seu carácter eurocentrado, este texto
procura desconstruir a noção do proletariado como sujeito histórico, considerando-a
empiricamente inverificável. Não havendo grupos predestinados a conduzir o
processo de mudança sócio-histórica, a emancipação real dos oprimidos do mundo tem forçosamente que articular as lutas das classes trabalhadoras com as de todos os outros grupos dominados no sistema-mundo.
Despite its limitations, classical Marxism remains an essential theory for the critical understanding of contemporaneity. However, some of its assumptions are unsustainable. Starting from a constructive criticism of Marxism, namely of its Eurocentered nature, this article attempts to deconstruct the notion of the proletariat as historical subject, considering it empirically unverifiable. If there are no groups destined to lead the process of socio-historical change, the real emancipation of the oppressed of the world has necessarily to articulate the struggles of the working classes with those of all the other dominated groups in the world-system.
A pesar de sus limitaciones, el marxismo clásico sigue siendo una teorÃa esencial para la comprensión crÃtica de la contemporaneidad. Sin embargo, algunos de sus supuestos son insostenibles. Desde una crÃtica constructiva del marxismo, en particular su carácter euro centrado, este artÃculo pretende deconstruir la noción del proletariado como sujeto histórico, considerándolo empÃricamente inverificable. Si ningún grupo es predestinado a conducir el proceso de cambio socio-histórico, la emancipación real de todos los oprimidos del mundo tiene que articular las luchas de las clases obreras con las de todos los demás grupos dominados en el sistema-mundo.