O presente artigo tem por objetivo demonstrar de forma sucinta as características materiais deste ambiente/lugar e as relações construídas em torno das ferramentas que compõem o todo do engenho da farinha. Tendo como foco a análise dos retalhos de memórias e a observação empírica destes “museus a céu aberto” procuramos problematizar a relação entre aspectos materiais e imateriais forjada no contato corpo/ferramentas que se complementam num processo de reciprocidade entre o animado e o inanimado ressignificado a cada uso. De certa forma direcionamos nosso olhar para uma atividade de subsistência que resistiu ao longo do tempo, que com suas mudanças e permanências chegou até nossos dias. Jogamos luz no imprescindível papel histórico da experiência, do “saber-fazer” dos mestres da farinhada no cotidiano de suas atividades, no envolvimento entre pessoas e coisas que juntos forjam, no amalgama desta relação, o processo histórico.
The purpose of this article is to demonstrate succinctly the material characteristics of this environment / place and the relationships built around the tools that make up the whole of flour mill. Focusing on the analysis of the memory fragments and the empirical observation of these “open-air museums” we try to problematize the relation between material and immaterial aspects forged in the contact body / tools that complement each other in a process of reciprocity between the animate and the inanimate re-signified Each use. In a way, we turn our gaze to a subsistence activity that has endured over time, which with its changes and permanences has reached our time. We throw light on the essential historical role of experience, the “know-how” of the masters of farinha in the daily life of their activities, the involvement of people and things that together, in the amalgam of this relation, forge the historical process.