Traumatismos do esqueleto axial são geralmente causados por atropelamentos, quedas, brigas, ou por projétil de arma de fogo, podendo gerar contusões, luxações e/ou fraturas vertebrais, ou, ainda, secção medular. O objetivo do presente trabalho é descrever a técnica de osteossÃntese vertebral, realizada no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá, utilizando-se parafusos corticais associados ao polimetilmetacrilato, aplicada em um cão, SRD, fêmea, com aproximadamente seis meses de idade, pesando três quilos, com fratura oblÃqua do corpo vertebral de L6 e desvio ventral do fragmento distal. Após incisão na linha média dorsal, e localização da fratura, a mesma foi reduzida com o auxÃlio de pinças de apreensão óssea, e dois orifÃcios foram realizados no corpo vertebral de L6 e de L7, onde os parafusos foram inseridos, de forma que as cabeças dos mesmos ficassem elevadas em relação aos corpos vertebrais, e, em seguida, acondicionaram-se duas porções de polimetilmetacrilato sobre os mesmos. A dermorrafia foi realizada de forma convencional. Após a cirurgia, o paciente apresentou retomada voluntária da deambulação no décimo dia, e obteve controle da micção no 32° dia. A continência fecal apresentou melhora parcial 46 dias após a cirurgia, porém, permaneceu com déficit de propriocepção e ausência de dor superficial até os 62 dias de avaliação. A utilização da resina acrÃlica odontológica, associada a parafusos corticais, se mostrou eficiente, promovendo boa redução e estabilidade da fratura. Depois de 62 dias de avaliação clÃnica, o animal não apresentou sinais de infecção ou rejeição ao acrÃlico, porém estudos futuros em longo prazo se fazem necessários.