A aprendizagem e o ensino de línguas formam uma área prática profissional e uma área teórica. Essa área se conhece por Aquisição e Ensino de Línguas (AELin) ou, simplesmente, Ensino de Línguas, e inclui o processo formador de agentes que concorrem a esses processos. Esses processos existiram desde sempre na história educacional do país, mas tardamos em reconhecer e ter reconhecida essa narrativa do seu vir-a-ser como especialidade tributária. A bibliografia é escassa e há muito pouca oferta dessa especialidade como disciplina nos currículos ditos de Letras na grande área da Linguagem. Neste artigo, retomo a escrita sobre a trajetória de personagens, fatos e enredo da história do ensino de línguas no Brasil não para sinalizar períodos e pontos de emergência de consciência de área, mas, para discutir, principalmente, a falta de estudos de natureza histórica para o ensino de línguas (estrangeiras e o Português na perspectiva de LE) e para a constituição de uma disciplina científica madura e pujante de história nos currículos de graduação em Letras e de pós nos estudos de ensino e aprendizagem de línguas no país.