Pérolas aos poucos: o relato de uma adolescência congelada

DESIDADES

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ISSN: 23189282
Editor Chefe: Lúcia Rabello de Castro
Início Publicação: 31/12/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Pérolas aos poucos: o relato de uma adolescência congelada

Ano: 2015 | Volume: 0 | Número: 9
Autores: F. F. Cesar
Autor Correspondente: F. F. Cesar | [email protected]

Palavras-chave: tédio, vazio, criatividade, adolescência, objetos culturais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No texto que se segue é apresentado um caso clínico em que destaco, no relato, os sentimentos de tédio e vazio vivenciados pela adolescente e, ainda, o lugar da arte e de objetos culturais como forma de comunicação entre a mesma e a analista. Vem sendo constatada a chegada aos consultórios de jovens adultos com dificuldades de passagem, de transitarem para um estar-no-mundo de outro modo rumo à independência, ao ser-adulto – seguindo adiante em seu processo de maturação. Apresentam um cotidiano vazio e sem sentido, tédio, inércia psicossomática, sentimentos de não pertencimento e uso de drogas. São jovens que lutam para alcançar a vida, como se refere Winnicott – e a desesperança diante desta luta se traduz através das vivências de vazio. A referida “adolescência congelada” vivida ora com desespero, ora com apatia requer uma específica aproximação. O encontro clínico extrapola a comunicação verbal e solicita a configuração de um espaço potencial em que o uso de objetos culturais e da arte pode vir a se apresentar como instrumento terapêutico.



Resumo Espanhol:

En el siguiente texto es presentado un caso clínico en el que destaco, en el relato, los sentimientos de tedio y vacío vivenciados por la adolescente y, además, el lugar del arte y de objetos culturales como forma de comunicación entre la paciente y la analista. Se viene constatando la llegada a los consultorios de jóvenes adultos con dificultades de pasar, de transitar para un estar-en-el-mundo de otro modo rumbo a la independencia, al ser-adulto – siguiendo hacia adelante en su proceso de maduración. Presentan un cotidiano vacío y sin sentido, tedio, inercia psicosomática, sentimientos de no pertenecer y uso de drogas. Son jóvenes que luchan para alcanzar la vida, como refiere Winnicott – y la desesperanza ante de esa lucha se traduce en las vivencias de vacío. La referida “adolescencia congelada” vivida algunas veces con desespero, otras con apatía requiere de un abordaje específico. El encuentro clínico extrapola la comunicación verbal y solicita la configuración de un espacio potencial en que el uso de objetos culturales y del arte pueda presentarse como instrumento terapéutico.