OBJETIVO
Avaliar o padrão alimentar e o estado nutricional de crianças com paralisia cerebral.
MÉTODOS
Estudo transversal com 90 crianças de dois a 12,8 anos de idade, com paralisia cerebral do tipo hemiplegia, diplegia e tetraplegia. Avaliaram-se o estado nutricional por meio dos dados de peso, altura e idade, o consumo alimentar pelo Recordatório de 24 horas e pelo Questionário de Frequência Alimentar, a capacidade de mastigar e/ou deglutir, o hábito intestinal e a prática de atividade fÃsica.
RESULTADOS
No grupo de dois a três anos, a média de ingestão energética estava de acordo com a recomendação; na faixa de quatro a seis anos, os grupos com hemiplegia e com tetraplegia apresentaram médias abaixo do limite inferior da recomendação. O grupo como um todo apresentou padrão dietético baixo em carboidratos, adequado em proteÃna e alto em lipÃdios. O grupo com tetraplegia apresentou maior prevalência de dificuldade para mastigação (41%) e para deglutição (12,8%) versus, respectivamente, 14,5 e 6,6% das crianças com hemiplegia. Observou-se que a maioria das crianças com cada tipo de paralisia cerebral apresentava hábito intestinal diário. Todas as crianças estudadas tinham atividade fÃsica leve, enquanto a atividade moderada não era praticada por nenhuma criança do grupo com tetraplegia, que também apresentou escore Z de -2,14 da relação estatura/idade, significantemente menor em relação ao grupo com hemiplegia (escore Z de -1,05; p=0,003).
CONCLUSÕES
As crianças apresentaram padrão alimentar inadequado, estado nutricional comprometido, o que afetou principalmente a estatura. A tetraplegia impõe dificuldade de mastigação/deglutição e da prática de atividade fÃsica moderada.
OBJECTIVES
To assess the food intake pattern and the nutritional status of children with cerebral palsy.
METHODS
Cross-sectional study with 90 children from two to 12.8 years with cerebral palsy in the following forms: hemiplegia, diplegia, and tetraplegia. Nutritional status was assessed by weight, height, and age data. Food intake was verified by the 24-hour recall and food frequency questionnaire. The ability to chew and/or swallowing, intestinal habits, and physical activity were also evaluated.
RESULTS
For 2-3 year-old age group, the mean energy intake followed the recommended range; in 4-6 year-old age group with hemiplegia and tetraplegia, energy intake was below the recommended limits. All children presented low intake of carbohydrates, adequate intake of proteins and high intake of lipids. The tetraplegia group had a higher prevalence of chewing (41%) and swallowing (12.8%) difficulties compared to 14.5 and 6.6% of children with hemiplegia, respectively. Most children of all groups had a daily intestinal habit. All children presented mild physical activity, while moderate activity was not practiced by any child of the tetraplegia group, which had a significantly lower height/age Z score than those with hemiplegia (-2.14 versus -1.05; p=0.003).
CONCLUSIONS
The children with cerebral palsy presented inadequate dietary pattern and impaired nutritional status, with special compromise of height. Tetraplegia imposes difficulties regarding chewing/swallowing and moderate physical activity practice.
OBJETIVO
Evaluar el estándar alimentar y estado nutricional de niños con parálisis cerebral.
MÉTODOS
Estudio transversal con 90 niños de 2 a 12,8 años de edad, con parálisis cerebral de tipo hemiplejÃa, diplejÃa y tetraplejÃa. Se evaluaron el estado nutricional por medio de los datos de peso, altura y edad, el consumo alimentar por el Recordatorio de 24 horas y por el Cuestionario de Frecuencia Alimentar, la capacidad de masticar y/o deglutir, el hábito intestinal y la práctica de actividad fÃsica.
RESULTADOS
En el grupo de 2 a 3 años, el promedio de ingestión energética estaba conforme a la recomendación; en la franja de 4 a 6 años, los grupos con hemiplejÃa y con tetraplejÃa presentaban promedios inferiores al lÃmite inferior de recomendación. El grupo como un todo presentó estándar dietético bajo en carbohidratos, adecuado en proteÃnas y alto en lÃpidos. El grupo con tetraplejÃa presentó mayor prevalencia de dificultad para masticación (41%) y deglución (12,8%), versus, respectivamente, 14,5 y 6,6% de los niños con hemiplejÃa. Se observó que la mayorÃa de los niños con cada tipo de parálisis cerebral presentaba hábito intestinal diario. Todos los niños estudiados tenÃan actividad fÃsica liviana, mientras que la actividad moderada no era practicada por ningún niño del grupo tetraplejÃa, que también presentó escore Z de -2,14 de la relación estatura/edad, significantemente menor respecto al grupo con hemiplejÃa (escore Z de -1,05; p=0,003).
CONCLUSIONES
Los niños presentaron estándar alimentar inadecuado, estado nutricional comprometido, principalmente la estatura. La tetraplejÃa impone dificultades de masticación/deglución y práctica de actividad fÃsica moderada.