A cruz é um dos principais sÃmbolos do Cristianismo. Isso se deve principalmente a dois fatores: um é a crucificação de Jesus de Nazaré. O outro é a interpretação da morte dele na cruz como ato de salvação. Este segundo fator racionalmente não é inteligÃvel, porque Jesus não foi o único a ser crucificado. Além disso, crucificação era o mais terrÃvel instrumento de tortura e punição romana pública da época. Daà não causa estranheza que a cruz como sÃmbolo cristão não é garantia de interpretação unânime na teologia. A interpretação oscila entre a cruz como linguagem sacrificial e linguagem sócio-polÃtica. O presente artigo discute esta oscilação a partir de textos paradigmáticos de Paulo.
