A narrativa em primeira pessoa é como realizei a escrita dessa pesquisa, não uma primeira pessoa ensimesmada de forma personalizada, mas para além de minhas vivências relatar as minhas experiências. Realizar essa pesquisa passa pelo meu entendimento sobre docência, quando relato vivências que não me distanciam como observadora desse mundo e me situam como vivente em um lugar que considero de terras-paisagens- terras. Lugares embreados pelas angústias da pesquisa, da docência, envolto nas ausências, nos esvaziamentos, nas dúvidas e nas incertezas que não são características minhas apenas, mas que podem nascer no encontro com os/as leitores/as dessa pesquisa. Explicito como crio metáforas para deixar claro o que entendo e como penso palavras e imagens como terra e paisagens. As experiências docentes e de discente são terras que são levadas para outros espaços onde se ressignificam em lugares que logo vão se transformar. Compreendo com Tuan (1983) que esses espaços e lugares não são apenas circundantes de fatores geopolíticos e compartilho a ideia de um viver social, histórico e cultural com as subjetividades de cada indivíduo. Refiro-me ao meu encontro com textos que me indicaram como eu crio e me aproprio das palavras a partir das palavras-imagens-palavras numa perspectiva contemporânea de ensino. Nesses momentos reflexivos, descobri com Magritte, no texto de Foucault (1988), através do sistema de representação verbal e visual em busca de semelhanças e similitudes, com Beck (2004) que o sistema de significações propõe um caminho para pensamento possível. E em diálogo com Didi-Huberman (2010) entendi um pouco mais sobre a interação com a imagem. Dessa forma, a proposta apresentada nessa pesquisa apresenta um caminho metodológico para pensar o ensino de arte com palavras-imagens-palavras.
The first-person narrative is how to write this research, not in a personalized first person, but beyond my experiences related to my experiences. Carrying out this research involves my understanding of teaching, when I report experiences that did not distance me as an observer of this world and I situated myself as living in a place that I consider to be lands-landscapes-lands. Places embraced by the anxieties of research, of teaching, surrounded by absences, emptiness, doubts and uncertainties that are not just my characteristics, but that can be born in the encounter with the readers of this research. I explain how I create metaphors to make clear what I understand and how to think about words and images such as land and landscapes. Teaching and student experiences are lands that are taken to other spaces where they are given new meaning in places that will soon transform. I understand with Tuan (1983) that these spaces and places are not just surrounding geopolitical factors and I share the idea of social, historical and cultural living with the subjectivities of each individual. I refer to my encounter with texts that showed me how I create and appropriate words from words-images-words in a contemporary teaching perspective. In these reflective moments discovered with Magritte, in Foucault’s text (1988), through the system of verbal and visual representation in search of similarities and similarities, with Beck (2004) that the system of meanings proposes a path to possible thought. And in dialogue with Didi-Huberman (2010) I understood a little more about the interaction with the image. Thus, the proposal presented in this research presents a methodological path to think about teaching art with words-images-words.
La narración en primera persona es la forma en que escribí esta investigación, no una primera persona ensimismada de manera personalizada, sino más allá de mis experiencias para relatar mis experiencias. La realización de esta investigación pasa por mi comprensión de la docencia, cuando relato experiencias que no me alejan como observador de este mundo y me sitúan como un habitante en un lugar que considero de tierras-paisajes-tierras. Lugares avergonzados por las ansiedades de la investigación, de la docencia, envueltos en ausencias, vacíos, dudas e incertidumbres que no solo son mis características, sino que pueden nacer en el encuentro con los lectores de esta investigación. Explico cómo creo metáforas para dejar claro lo que entiendo y cómo pienso sobre palabras e imágenes como la tierra y los paisajes. Las experiencias docentes y estudiantiles son tierras que son llevadas a otros espacios donde se resignifican en lugares que pronto serán transformados. Entiendo con Tuan (1983) que estos espacios y lugares no solo están rodeados de factores geopolíticos y comparto la idea de una vida social, histórica y cultural con las subjetividades de cada individuo. Me refiero a mi encuentro con textos que me han mostrado cómo creo y me apropio de palabras a partir de palabras-imágenes-palabras en una perspectiva contemporánea de la enseñanza. En estos momentos reflexivos, descubrí con Magritte, en el texto de Foucault (1988), a través del sistema de representación verbal y visual en busca de semejanzas y semejanzas, con Beck (2004) que el sistema de significados propone un camino para el pensamiento posible. Y en diálogo con Didi-Huberman (2010) entendí un poco más sobre la interacción con la imagen. Así, la propuesta presentada en esta investigación presenta una forma metodológica de pensar la enseñanza del arte con palabras-imágenes-palabras.