Este artigo analisa o Vocabulário pernambucano, de Pereira da Costa, do início do século XX. O Discurso desse dicionário produz o deslocamento na história da lexicografia brasileira, com a passagem de uma perspectiva histórica em direção a uma perspectiva sincronica e geográfica da Língua. Nos verbetes, a relação entre nomes comuns e próprios instala um discurso geográfico nacional no interior do dicionário regional. Este discurso remete a uma memória dos colonizadores e seus gestos de conquista dos espaços. As análises mostram ainda como a sinonímia, a derivação e os exemplos funcionam na construção dessa imagem sincronica e geográfica da Língua.
This paper analyses the Vocabulário Pernambucano, by Pereira da Costa, from the beginning of the 20th century. The discourse of this dictionary produces a shift in the history of Brazilian lexicography, changing from a historical perspective to a synchronic and geographical perspective . ln the entries, the relation between common and proper names installs a national geographical discourse in the regional dictionary. This discourse refers to the memory of the early settlers and their conquest of spaces. The analyses also show how synonymy, derivation and examples work in the construction of this synchronic and geographical image of the language.
Este artigo analisa o Vocabulário pernambucano, de Pereira da Costa, do início do século XX. O Discurso desse dicionário produz o deslocamento na história da lexicografia brasileira, com a passagem de uma perspectiva histórica em direção a uma perspectiva sincronica e geográfica da Língua. Nos verbetes, a relação entre nomes comuns e próprios instala um discurso geográfico nacional no interior do dicionário regional. Este discurso remete a uma memória dos colonizadores e seus gestos de conquista dos espaços. As análises mostram ainda como a sinonímia, a derivação e os exemplos funcionam na construção dessa imagem sincronica e geográfica da Língua.