Este artigo é uma síntese sobre os principais proxies de paleotemperatura baseados nas carapaças de foraminíferos planctônicos: δ18O, razão Mg/Ca e funções de transferência. Estes organismos unicelulares surgiram no Jurássico. São marinhos, eucariontes, heterótrofos, de hábito planctônico e podem ou não ser portadores de simbiontes fotossintetizantes. Os foraminíferos planctônicos secretam uma carapaça ao longo da vida, composta de calcita; durante sua síntese são incorporados elementos/assinaturas químicas presentes no ambiente, carregando consigo sinais ambientais relacionados às mudanças climáticas, pH e salinidade. As testas têm um excelente potencial de preservação no assoalho oceânico. O uso desses microfósseis, encontrados no registro sedimentar, cria um leque de possibilidades na obtenção de dados paleoceanográficos de várias zonas oceânicas, como o uso em proxies geoquímicos (δ18O, razão Mg/Ca) e nas funções de transferência. A aplicabilidade desses proxies, como também fatores bióticos e abióticos que podem influenciar as estimativas finais, são abordados na revisão.
This article is a synthesis of the main paleotemperature proxies that use planktonic foraminiferal tests: δ18O, Mg/Ca ratio and transfer function. These single-celled organisms appeared in the Jurassic. They are marine, eukaryotes, heterotrophs, of planktonic habit, they may or may not be carriers of photosynthetic symbionts. Planktonic foraminifera secrete a test throughout life, composed of calcite; during its synthesis, they incorporate the chemical elements/signatures present in the environment, carrying environmental signals related to climate, pH and salinity changes. These tests have an excellent preservation potential on the ocean floor. The use of these microfossils, found in the sedimentary record, creates a range of possibilities in obtaining paleoceanographic data from various oceanic zones, such as use in geochemical proxies (δ18O, Mg/Ca ratio) and in transfer functions. The applicability of these proxies, as well as biotic and abiotic factors that can influence the final estimates, are addressed in this theoretical review.
Este artículo es una síntesis de los principales proxies de paleotemperatura basados en las tecas de foraminíferos planctónicos: δ 18 O, relación Mg / Ca y funciones de transferencia. Estos organismos unicelulares surgieron en el Jurásico. Son marinos, eucariotas, heterótrofos, con hábitos planctónicos y pueden o no portar simbiontes fotosintéticos. Los foraminíferos planctónicos secretan un caparazón a lo largo de su vida compuesto de calcita; durante su síntesis se incorporan elementos/ caracteristicas químicas presentes en el ambiente, llevando consigo señales ambientales relacionados con el cambio climático, el pH y la salinidad. Los caparazones tienen un excelente potencial de conservación en el fondo del océano. El uso de estos microfósiles, encontrados en el registro sedimentario, crea una gama de posibilidades para la obtención de datos paleoceanográficos de varias zonas oceánicas, como su uso en proxies geoquímicos (δ 18 O, relación Mg / Ca) y en funciones de transferencia. En esta revisión se abordan la aplicabilidad de estos proxies, así como los factores bióticos y abióticos que pueden influir en las estimaciones finales.