A cultura visual contemporânea gera diferentes tipos de interação com a fotografia. Muitas imagens estão para ser vistas e não lidas ou comentadas, atesta Schaeffer (1996). Elas mostram coisas, sem levantar bandeiras ou significados nas entrelinhas, complementa Batchen(1997). Antecipando tais entendimentos, Julia Kristeva (1996) discute a importância de elaborar um modelo semiótico capaz de justificar a pertinência do desconhecido, mostrando como o misterioso pode ser organizado e explicado pela mente humana. Assim, tenta encontrar uma possibilidade de definir o inclassificável, obscuro, enigmático, intraduzível, incompreensível por meio de ciências formais (como, por exemplo, a linguística).