Este trabalho tem por finalidade analisar os trabalhos monográficos que, direta ou indiretamente, abordaram o tema punk no Brasil, procurando evidenciar como ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000, foram retratadas as experiências desses indivíduos e coletividades que se vincularam aos referenciais punks. Explorando, especialmente, como as conjunturas de inserção social interferiram na produção de identidades punk pelos investigadores, que, por sua vez, espelharam os dilemas de sua época. Diante deste desafio se tornou imprescindível à utilização das ferramentas conceituais de Michel de Certeau, que a partir de sua categorização de lugar social favoreceu a exploração das condições de produção do saber, assim como Stuart Hall que através de suas três concepções de sujeito permitiram estabelecer uma ferramenta de mensuração dos modos de pertencimento identitário.