Na América Latina, especialmente no Brasil, onde está localizado o estado de Rondônia, foi encontrada uma alta incidência de esquistossomose. Com base nessas informações, é fundamental a implantação de medidas epidemiológicas para o controle e profilaxia da mesma. A partir desta perspectiva o presente estudo teve como objetivo avaliar o panorama epidemiológico da esquistossomose mansônica em Rondônia de 2001 a 2006, por se tratrarem dos únicos anos a terem dados disponÃveis no Ministério da Saúde. Os dados foram obtidos a partir do Departamento do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), e com base nos mesmos foram relatados a prevalência, incidência, sazonalidade e sua distribução por idade e sexo. Os resultados demonstram a possibilidade da presença de quatro espécies de hospedeiros em Rondônia: Biomphalaria amazonica, Biomphalaria occidentalis, Biomphalaria peregrina e Biomphalaria cousini, ambas com potecial de infecção pelo Schistosoma mansoni. Verificou-se que de 2001 a 2006 foram relatados 1.356 casos positivos com uma maior incidência em 2004. A prevalência foi maior nos municÃpios de Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste, com uma média respectivamente de 51,3 e 40,2 casos por ano. Verificou-se que a maior média de sazonalidade foi observada no mês de janeiro, com média de 35,7 casos, a faixa etária mais acometida foi de 20-59 anos de idade, acometendo principalmente o sexo masculino. Acredita-se que a maior parte dos casos ocorrentes no estado são de pessoas que vieram de regiões endêmicas, o problema é que já foram confirmadas a presença de alguns hospedeiros com potencial de infecção na região, ficando um alerta para toda a população e as autoridades em saúde.