PAPILLOMAVIRUS HUMANO EM MULHERES CIGANAS E QUILOMBOLAS

Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

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ISSN: 1982-114X
Editor Chefe: Giuliana Zardeto
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

PAPILLOMAVIRUS HUMANO EM MULHERES CIGANAS E QUILOMBOLAS

Ano: 2024 | Volume: 28 | Número: 2
Autores: José de Ribamar Ross, Natália Pereira Marinelli, Zulmira da Silva Batista, Flávia Castelo Branco Vidal, Gerusinete Rodrigues Bastos dos Santos, Gabriel Rodrigues Côra, Rayane Alves Machado, Maria Claudene Barros, Iagho José Lima Diniz
Autor Correspondente: Natália Pereira Marinelli | [email protected]

Palavras-chave: Papillomaviridae, Epidemiologia, Etnicidade, Papillomaviridae, Epidemiology, Ethnicity, Papillomaviridae, Epidemiología, Etnia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: demonstrar a frequência do papillomavirus humano em grupos minoritários. Métodos: estudo transversal do tipo exploratório descritivo realizado com mulheres negras de cinco áreas quilombolas e uma área cigana, na faixa etária de 10 a 64 anos. Foi realizada uma coleta convencional e uma em meio líquido do exame Papanicolau associado a um questionário estruturado. Resultados: foram incluídas no estudo 145 mulheres, sendo 123 (84,8%) quilombolas e 22 (15,1%) ciganas. Das 13 variáveis analisadas, apenas a menopausa apresentou significância enquanto fator de risco. Os 9 (100%) casos de atipias citológicas estavam infectadas pelo vírus. A frequência geral na amostra foi de 60 (41,3%) casos. A maioria das mulheres 32 (53%) apresentaram infecções múltiplas pelo papillomavirus seguido de 28 (47%) com infecções simples. A infecção pelos tipos 16 e 18 compreenderam 12 (42,85%) dos casos definidos. Conclusão: todas as mulheres com alterações citológicas estavam infectadas pelo vírus. Houve predomínio dos genótipos de alto risco sendo o mais frequente o tipo 16. Contribuições para a prática: estes achados demonstram que o vírus está circulando nestas comunidades e já provocando expressões no exame de citologia e com eventuais repercussões a curto e longo prazo.



Resumo Inglês:

Objective: to demonstrate the frequency of human papillomavirus in minority groups. Methods: This was a descriptive exploratory cross-sectional study of black women from five quilombola areas and one gypsy area, aged between 10 and 64. A conventional Pap smear and a liquid Pap smear were carried out together with a structured questionnaire. Results: 145 women were included in the study, 123 (84.8%) quilombolas and 22 (15.1%) gypsies. Of the 13 variables analyzed, only menopause was significant as a risk factor. The 9 (100%) cases of cytological atypia were infected with the virus. The overall frequency in the sample was 60 (41.3%) cases. Most of the women, 32 (53%), had multiple papillomavirus infections, followed by 28 (47%) with single infections. Infection with types 16 and 18 comprised 12 (42.85%) of the defined cases. Conclusion: All the women with cytological alterations were infected with the virus. There was a predominance of high-risk genotypes, the most frequent being type 16. Contributions to practice: these findings show that the virus is circulating in these communities and is already causing expressions in the cytology test, with possible repercussions in the short and long term.



Resumo Espanhol:

Objetivo: demostrar la frecuencia del virus del papiloma humano en grupos minoritarios. Métodos: estudio descriptivo exploratorio transversal de mujeres negras de cinco áreas quilombolas y una gitana, con edades entre 10 y 64 años. Se realizaron una citología vaginal convencional y una citología vaginal líquida, junto con un cuestionario estructurado. Resultados: 145 mujeres fueron incluidas en el estudio, 123 (84,8%) quilombolas y 22 (15,1%) gitanas. De las 13 variables analizadas, sólo la menopausia fue significativa como factor de riesgo. Los 9 (100%) casos de atipia citológica estaban infectados por el virus. La frecuencia global en la muestra fue de 60 (41,3%) casos. La mayoría de las mujeres, 32 (53%), tenían infecciones múltiples por papilomavirus, seguidas de 28 (47%) con infecciones únicas. La infección por los tipos 16 y 18 comprendía 12 (42,85%) de los casos definidos. Conclusión: Todas las mujeres con alteraciones citológicas estaban infectadas por el virus. Hubo predominio de genotipos de alto riesgo, siendo el más frecuente el tipo 16. Aportaciones a la práctica: estos hallazgos demuestran que el virus circula en estas comunidades y ya está causando manifestaciones en el examen citológico, con posibles repercusiones a corto y largo plazo.