No modo de produção capitalista, o caráter de mercadoria da comida prevalece sobre a sua propriedade de manter a vida e gerar saúde. A prevalência do “alimento-mercadoria” implica relações não sustentáveis do ponto de vista socioambiental. Para suprir demandas mercadológicas, o alimento vem sendo cada vez mais empobrecido nutricionalmente, enquanto é acrescido de inúmeros poluentes e aditivos prejudiciais à saúde através da produção convencional, processamento e industrialização. Romper com essa lógica, no processo mesmo em que engendramos uma outra sociedade pautada em relações, de fato, sustentáveis, é campo de luta da Educação Ambiental crítico-transformadora. Este artigo tem por objetivo refletir sobre alguns aspectos que possam ser importantes para compreendermos a necessidade de alterarmos profundamente a forma como nos alimentamos, em favor de nossa própria saúde e do ambiente.
In the capitalist mode of production, food is seen as goods, rather than as nourishment that keeps life and generates health. The prevalence of “food as goods” implies non-sustainable relations in a socio-environmental point. In order to meet market demands, food has gotten poorer and poorer in terms of nutrition since several pollutants and harmful additives have been added to it by conventional production, processing and industrialization. The struggle of critical-transforming Environmental Education is to break this logic and develop a different society based on really sustainable relations. This paper aims at reflecting upon some issues which may be important to understand the need for deep changes in the way we eat so that our health and our environment can benefit from them.