Este trabalho procurou compreender os discursos dos egressos do sistema prisional sobre a
sua condição de ex-encarcerado, bem como a incidência dos processos institucionais na
construção da subjetividade desses sujeitos. As vivências do sujeito na prisão e a experiência
de saÃda interferem na construção da sua subjetividade e na maneira como interage
socialmente. Como metodologia, adotou-se a abordagem qualitativa, tendo por ferramenta a
entrevista semi-estruturada. As entrevistas foram realizadas com cinco egressos de um
PresÃdio do Rio Grande do Sul e submetidas à análise de discurso. Obteve-se como resultados
alguns pontos que se revelaram recorrentes: o processo de encarceramento, o estigma, a
exclusão, a recuperação dos vÃnculos familiares, a falta de oportunidades e a reincidência.
Frente a isso, as possibilidades da Psicologia, nesse contexto, seriam: atuar na construção de
polÃticas públicas voltadas ao sistema prisional e ao apoio ao egresso e, problematizar as
formas de subjetivar produzidas nesse espaço.
This work aims to understand the discourses of former convicts on their conditions, as well as
how prison institutions focused on the construction of subjectivity among these people. The
experiences of those in prison and how this experience contributes to the construction of
subjectivity after their departure from prison as well as how they integrate socially. It was
approached as a methodology, a qualitative approach, using semi-structured interviews. The
interviews were conducted with five former convicts from a Prison in Rio Grande do Sul and
subjected to analysis of speech. Among the results, some points have proved to be recurrent:
the process of incarceration, stigma, exclusion, the recovery of family ties, lack of
opportunities and relapse. Given this, the chances of Psychology in this context would be: to
act in the construction of public policies geared to the prison system and support for former
convicts and, debate forms of institution subjectively produced in prisons.