Este artigo analisa as publicidades de produtos de beleza para branquear a pele no Brasil do início do século XX. A partir de uma abordagem da Comunicação e História, realizamos um mapeamento dos anúncios publicitários veiculados no jornal carioca Correio da Manhã e documentamos o discurso publicitário das três primeiras décadas do século XX, no período de 1902 a 1924, a partir da concepção de rastros e vestígios do passado. Identificamos que os discursos sobre o embelezamento, na época, revelavam os dilemas raciais da nação e o surgimento do discurso médico-eugenista na capital da Primeira República. Acreditamos que as publicidades de produtos para branquear a pele exerceram um importante papel na construção da brancura como valor estético e moral das elites cariocas.
This article analyzes the advertising of skin-whitening beauty products in Brazil at the beginning of the 20th century. Using a Communication and History approach, we mapped the advertisements published in the Rio newspaper Correio da Manhã and documented the advertising discourse of the first three decades of the 20th century, from 1902 to 1924, based on the concept of traces and vestiges of the past. We concluded that discourses on beautification from the time reveal the nation's racial dilemmas and the emergence of the medical-eugenicist discourse in the capital of the First Republic. We believe that advertisements for skin-whitening products played an important role in the construction of whiteness as an aesthetic and moral value among Rio’s elites.
