O estudo problematiza o processo de criação de um lugar de memória na Colônia Japonesa
de Ivoti, no Rio Grande do Sul. Criado a partir da necessidade de registro da trajetória
de 26 famÃlias japonesas que se instalaram em Ivoti, no ano de 1966, o Memorial
da Colônia Japonesa apresenta-se aqui como objeto de investigação, inserindo-se no
campo dos estudos sobre a patrimonialização e a educação patrimonial em comunidade.
O memorial caracteriza-se como um espaço de salvaguarda e também um lugar de
comunicação entre culturas e temporalidades, apresentando-se ainda como um produto
turÃstico propulsor da economia local. O memorial configura-se a partir de um viés participativo,
em cujas decisões a comunidade envolveu-se diretamente, desde o planejamento
do espaço que o abrigaria, até a memória coletiva a ser escolhida, preservada e
representada nesse lugar.