Paralisia facial periférica: uma possível complicação da anestesia local odontológica

Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia

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ISSN: 2526-8155
Editor Chefe: Cecy Martins
Início Publicação: 23/05/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Odontologia

Paralisia facial periférica: uma possível complicação da anestesia local odontológica

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Ricardo Fonseca, Jorge Nogueira, Pedro Nogueira, Amanda Cardoso, Silvio Menezes
Autor Correspondente: Ricardo Roberto de Souza Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: Paralisia facial, Odontologia, Anestésicos locais e nervo facial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A paralisia do nervo facial é uma neuropatia facial causada por complicações no ramo motor do sétimo nervo craniano. A paralisia do nervo facial apresenta múltiplas etiologias entre as iatrogenias da anestesia mandibular. É causada por técnica anestésica errônea, extração dentária prolongada ou infecções dentárias. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar um caso incomum de paralisia facial, por anestesia local odontológica, e seu protocolo de tratamento. Relato de caso: Paciente de 25 anos, sexo feminino, sem condições médicas, referindo história alérgica à axetilcefuroxima participou de atividade prática do ensino de anestesiologia na graduação de uma faculdade de odontologia na cidade de Belém. Durante a atividade administrou-se uma ampola de lidocaína a 2% com epinefrina para bloquear o nervo alveolar inferior esquerdo, contudo, após 5 minutos do término da anestesia pterigomandibular, a paciente relatou que a face esquerda se encontrava inativa e “adormecida”. A paciente foi submetida a exame clínico e foi diagnosticada paralisia facial periférica (PFP). Como tratamento, realizou-se o monitoramento dos sinais vitais e a região palpebral foi mantida úmida com soro fisiológico. Após remissão do quadro de paralisia a paciente foi liberada. Conclusão: O caso apresentado informa, esclarece e reforça o caráter temporário da ocorrência de PFP por anestesia local odontológica, e orienta como o dentista deve proceder em sua ocorrência, em nível ambulatorial. Além disso, conclui-se que o diagnóstico, a etiologia e o tratamento adequado para a causa, são de fundamental importância para reabilitar o paciente dos distúrbios funcionais promovidos pela PFP.