Parasitismo de gênero, interculturalidade e representações da Deusa Iansã no Brasil

Perspectiva Teológica

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ISSN: 2176-8757
Editor Chefe: Francisco das Chagas de Albuquerque
Início Publicação: 31/12/1968
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Teologia

Parasitismo de gênero, interculturalidade e representações da Deusa Iansã no Brasil

Ano: 2025 | Volume: 57 | Número: 1
Autores: Jaciely Soares da Silva, Angela Cristina Borges Marques
Autor Correspondente: Jaciely Soares da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Religiões de Matriz Africana, Candomblé e Umbanda, Parasitismo social, Iansã, Interculturalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto analisa como mulheres em contextos de vulnerabilidade, especialmente durante a pandemia de Covid-19, alcançam empoderamento por meio das religiões de matriz africana, com foco no Candomblé e na Umbanda. Fundamentado na filosofia intercultural e na perspectiva exusíaca, o artigo destaca como essas práticas religiosas funcionam como espaços de resistência e cura, acolhendo mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade social. O texto expande o conceito de “parasitismo social”, introduzido por Manoel Bomfim (1993), para incluir questões de gênero, refletindo sobre as desigualdades estruturais entre homens e mulheres. A figura de Iansã é central para compreender como essas religiões ajudam as mulheres a lidarem com adversidades, promovendo fortalecimento cultural e coletivo. O artigo faz a argumentação de que as religiões afro-brasileiras não só curam, mas também resgatam práticas culturais apagadas pelo colonialismo.