O Piauí é o 3º maior produtor de caprinos do Nordeste, tanto de criação artesanal como comercial. Mesmo com uma grande demanda por carne caprina e seus subprodutos, essa atividade ainda apresenta limitações quanto às condições de manejo do rebanho. O objetivo deste trabalho foi identificar parasitos gastrintestinais de caprinos de uma propriedade rural do município de Santa Cruz dos Milagres, Piauí, avaliados durante o período seco. Os animais foram escolhidos aleatoriamente, com idade entre 06 meses a 04 anos, de ambos os sexos, totalizando 102 animais. Foram separados por categorias: fêmeas e machos jovens e fêmeas e machos adultos, de diferentes raças, mantidos sob criação semiextensiva. O trabalho foi realizado no mês de outubro de 2015. Foram colhidas amostras de fezes diretamente da ampola retal dos animais, com uso de luvas, previamente identificadas, colocadas em sacos plásticos estéreis e levadas para o Laboratório de Parasitologia do Departamento de Parasitologia e Microbiologia da UFPI, para análise pela técnica de McMaster. O rebanho era composto, em sua maioria, por fêmeas adultas. Os resultados revelaram que, no período seco, os animais encontravam-se bastante parasitados, sendo observada a presença dos seguintes parasitos: exemplares das famílias Strongyloididae e Trichostrongylidae, Trichuris globulosa, Moniezia expansae o protozoário Eimeria sp., sem diferença estatística entre as categorias animais, apenas entre os endoparasitos encontrados dentro dos grupos estudados. Portanto, o conhecimento e o diagnóstico de parasitos em caprinos são indispensáveis para um melhor manejo sanitário e controle de enfermidades parasitárias.
