As parasitoses intestinais ainda constituem um problema de saúde pública no Brasil, especialmente nas regiões onde o saneamento básico e condições socioeconômicas são frágeis, como na região Nordeste. São um conjunto de doenças causadas por parasitas helmínticos ou protozoários, que acometem o intestino humano, causando sintomas, como diarreia, dor abdominal, astenia, náuseas, vômitos, entre outros. Seu diagnóstico é feito pelo parasitológico de fezes e o tratamento é baseado no uso de anti-protozoários ou anti-helmínticos. Objetivo: analisar os principais aspectos das parasitoses intestinais presentes no Nordeste, identificando aquelas mais prevalentes e as populações de maiores riscos. Metodologia: o estudo foi do tipo descritivo, utilizando-se uma revisão integrativa de literatura do período de 2012 a 2021, nas bases de dados eletrônicas Scielo, BVS e Google Acadêmico. Para o processo de busca e análise dos artigos, foi utilizado o diagrama flow. Todos os dados da pesquisa foram analisados no Microsoft Word e, posteriormente os resultados foram transformados em quadros e tabelas para melhor organização e interpretação das informações colhidas. Resultados: observou-se, a partir da análise dos 10 artigos, uma variação de 26,00% a 92,85% na taxa de infecções por parasitas intestinais na região Nordeste, em diversas populações, desde pré-escolares, escolares e adultos. Os fatores de risco que estiveram associados ao desenvolvimento, foram: falta de higiene pessoal e dos alimentos, ausência ou precariedade dos serviços de saneamento básico, baixa escolaridade e renda dos pais, qualidade da água de beber e práticas de andar descalço por parte das crianças. Considerações finais: Os resultados apontam para a necessidade de medidas preventivas e tratamento das enteroparasitoses, como mudanças de hábitos de higiene e melhorias nas condições de vida, como o acesso à água tratada e saneamento básico adequado. Além disso, é importante que surjam mais estudos epidemiológicos para subsidiar medidas de controle e prevenção adequadas e eficazes.
Intestinal parasites are still a public health problem in Brazil, especially in regions where basic sanitation and socioeconomic conditions are fragile, as in the Northeast region. They are a set of diseases caused by helminthic or protozoan parasites, which affect the human intestine, causing symptoms such as diarrhea, abdominal pain, asthenia, nausea, vomiting, among others. Its diagnosis is made by fecal parasitology and treatment is based on the use of anti-protozoal or anthelmintic agents. Objective: to analyze the main aspects of intestinal parasites present in the Northeast, identifying the most prevalent ones and the populations at greatest risk. Methodology: the study was descriptive, using an integrative literature review from 2012 to 2021, in the electronic databases Scielo, BVS and Google Scholar. For the process of searching and analyzing the articles, the flow diagram was used. All survey data were analyzed in Microsoft Excel and, later, the results were transformed into graphs and tables for better interpretation of the collected information. RESULTS: from the analysis of the 10 articles, a variation from 26.00% to 92.85% was observed in the rate of infections by intestinal parasites in the Northeast region, in different populations, from preschoolers, schoolchildren and adults. The risk factors that were associated with development were: lack of personal hygiene and food, absence or precariousness of basic sanitation services, low parental education and income, quality of drinking water and practices of walking barefoot by children. Final Considerations: The results point to the need for preventive measures and treatment of intestinal parasites, such as changes in hygiene habits and improvements in living conditions, such as access to treated water and adequate basic sanitation. In addition, it is important that more epidemiological studies appear to support appropriate and effective control and prevention measures.
Las parasitosis intestinales siguen siendo un problema de salud pública en Brasil, especialmente en regiones donde el saneamiento básico y las condiciones socioeconómicas son frágiles, como en la región Nordeste. Son un conjunto de enfermedades causadas por parásitos helmínticos o protozoarios, que afectan el intestino humano, causando síntomas como diarrea, dolor abdominal, astenia, náuseas, vómitos, entre otros. Su diagnóstico se realiza mediante parasitología fecal y el tratamiento se basa en el uso de agentes antiprotozoarios o antihelmínticos. Objetivo: analizar los principales aspectos de los parásitos intestinales presentes en el Nordeste, identificando los más prevalentes y las poblaciones de mayor riesgo. Metodología: el estudio fue descriptivo, utilizando una revisión bibliográfica integradora de 2012 a 2021, en las bases de datos electrónicas Scielo, BVS y Google Scholar. Para el proceso de búsqueda y análisis de los artículos, se utilizó el diagrama de flujo. Todos los datos de la encuesta fueron analizados en Microsoft Excel y, posteriormente, los resultados fueron transformados en gráficos y tablas para una mejor interpretación de la información recogida. Resultados: a partir del análisis de los 10 artículos, se observó una variación de 26,00% a 92,85% en la tasa de infecciones por parásitos intestinales en la región Nordeste, en diferentes poblaciones, desde preescolares, escolares y adultos. Los factores de riesgo que se asociaron al desarrollo fueron: falta de higiene personal y alimentaria, ausencia o precariedad de servicios de saneamiento básico, baja escolaridad e ingresos de los padres, calidad del agua de consumo y prácticas de caminar descalzo por parte de los niños. Consideraciones Finales: Los resultados apuntan a la necesidad de medidas preventivas y de tratamiento de los parásitos intestinales, como cambios en los hábitos de higiene y mejoras en las condiciones de vida, como el acceso a agua tratada y a un saneamiento básico adecuado. Además, es importante que aparezcan más estudios epidemiológicos que respalden medidas de control y prevención adecuadas y eficaces.
