A Constituição Brasileira de 1988 promoveu os direitos dos povos indígenas, entre os quais, o ensino formal bilíngue, intercultural, específico e diferenciado. Nesse contexto, as ações em favor da preservação de línguas indígenas visam inseri-las como Primeira Língua ou como Primeira e Segunda Língua em ambientes pedagógicos. O presente artigo defende que essas línguas devam ser interpretadas como Língua de Herança na escola indígena. Apresenta-se uma discussão sobre o histórico da implantação da escola indígena na aldeia Parkatêjê, consubstanciada em alguns apontamentos sobre Língua de Herança que podem contribuir com o ensino/aprendizagem formal do Parkatêjê assentado no respeito ao lugar dos falantes dessa língua, na inter-relação entre língua, cultura, identidade. Em termos metodológicos, este artigo configura-se como uma pesquisa bibliográfica qualitativa.
The Brazilian Constitution of 1988 promoted the rights of indigenous peoples, including bilingual, intercultural, specific and differentiated formal education. In this context, the actions in favor of indigenous languages preservation aim to insert them as First Language or as First and Second Language in pedagogical environments. This paper argues that these languages should be interpreted as a Heritage Language in the indigenous school. A discussion is presented on the history of the implantation of the indigenous school in the Parkatêjê village, based on some notes on the Heritage Language that can contribute to the formal teaching/learning of the Parkatêjê based on respect for the place of the speakers of that language, in the interrelationship between language, culture, identity. In methodological terms, this paper is configured as a qualitative bibliographical research