Participar: verbo em voz altiva – Adolescentes e jovens sujeitos de mudança das suas realidades no Brasil profundo

Argumentos

Endereço:
Avenida Rui Braga - Vila Mauricéia
Montes Claros / MG
39401-089
Site: http://www.periodicos.unimontes.br/argumentos
Telefone: (38) 3229-8039
ISSN: 2527-2551
Editor Chefe: Gustavo Dias
Início Publicação: 20/06/2017
Periodicidade: Semestral

Participar: verbo em voz altiva – Adolescentes e jovens sujeitos de mudança das suas realidades no Brasil profundo

Ano: 2021 | Volume: 18 | Número: 1
Autores: Luciana Pinto
Autor Correspondente: Luciana Pinto | [email protected]

Palavras-chave: Covid-19, participação, infâncias e juventudes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As juventudes camponesas do Nordeste brasileiro têm múltiplas identidades e anseios. Não é suficiente referenciá-las a partir de seu pertencimento territorial ou somente por questões de gênero ou étnico-raciais. Desconstruções destes imaginários, que também compartimentam as lutas sociais e reforçam estereótipos, são movimentos cotidianos realizados a partir de mecanismos os mais diversos. Desde a experiência aqui apresentada, a partir do cenário de pandemia da Covid-19, o fio condutor para esta reflexão é a dimensão da participação de adolescentes e jovens - meninos, meninas, negros e negras, camponeses – estudantes, e que hoje vivem nas sedes de seus municípios, em processos que podem influenciar a mudança de vida de suas comunidades, municípios e territórios, apresentando, através de suas vozes, as preocupações que vêm lhes afetando de modo direto e, também, numa dimensão mais ampla. É a partir da afirmação das múltiplas identidades, da expressão de suas capacidades de análise e de propostas para enfrentamento das dificuldades vivenciadas e da interlocução intergeracional que estes e estas adolescentes e jovens suplantam a condição de vulnerabilidade na qual estão historicamente inseridas e inseridos e mostram suas potencialidades, contribuindo para a desconstrução de estigmas limitantes ao seu desenvolvimento e apresentando consciência e reinvindicações de seus direitos e de seus ambientes de pertencimento - em uma clara demonstração de empatia, solidariedade e consciência cidadã.



Resumo Inglês:

Youths from the northeastern Brazilian countryside have multiple identities and desires. It is not enough to refer to them based on their territorial belonging, or only by gender or racial ethnicity. Deconstructions of these imaginary, which also compartmentalize social struggles, and reinforce stereotypes, are everyday movements made from the most diverse mechanisms. From the experience presented here, considering the scenario of the Covid-19 pandemic, the guiding thread for this reflection is the dimension of the participation of adolescents and young people, boys, girls, blacks, people from the countryside and who today live in the headquarters of their municipalities , students, in processes that can influence the change of life in their communities, municipalities and territories, presenting through their voices the concerns that have been affecting them directly and also in a broader dimension. It is from the affirmation of multiple identities, from the expression of their analytical capacities and from proposals to face the difficulties experienced, from intergenerational dialogue, that these adolescents and young people surpass the condition of vulnerability to which they are historically inserted, and show their potential, despite these vulnerabilities, contributing to the deconstruction of stigmas limiting their development, and presenting awareness and claims of their rights and their environments of belonging, in a clear demonstration of empathy, solidarity and citizen awareness.



Resumo Espanhol:

Los jóvenes campesinos del Nordeste brasileño tienen múltiples identidades y deseos. No basta con referirse a ellos por su pertenencia territorial o solo por razones de género o étnico-raciales. Las deconstrucciones de estos imaginarios, que también compartimentan las luchas sociales y refuerzan estereotipos, son movimientos cotidianos hechos a partir de los más diversos mecanismos. A partir de la experiencia aquí presentada, del escenario pandémico Covid-19, el hilo conductor de esta reflexión es la dimensión de la participación de los adolescentes y jóvenes - niños, niñas, negros, campesinos - estudiantes, y que hoy viven en la sede de su municipios, en procesos que pueden incidir en el cambio de vida de sus comunidades, municipios y territorios, presentando, a través de sus voces, las inquietudes que les han venido afectando directamente y, también, en una dimensión más amplia. Es desde la afirmación de múltiples identidades, desde la expresión de sus capacidades analíticas y desde las propuestas para afrontar las dificultades vividas y el diálogo intergeneracional que estos y estos adolescentes y jóvenes superan la condición de vulnerabilidad en la que históricamente se encuentran insertados e insertados. mostrar sus potencialidades, contribuyendo a la deconstrucción de estigmas que limitan su desarrollo y presentando conciencia y reclamo de sus derechos y sus entornos de pertenencia, en una clara demostración de empatía, solidaridad y conciencia ciudadana.