A prática do partimento floresceu no decorrer do século XVIII, nos conservatórios italianos, e se
estendeu até Paris onde funcionou como uma forma pedagógica da chamada “Escola Italianaâ€.
O partimento pode ser entendido como uma linha de instrução do baixo, e foi utilizado por
vários compositores e improvisadores clássicos europeus, fato pouco destacado. Como
educadora musical que estuda a pedagogia da improvisação, penso que o esquecimento dessa
prática no cenário pedagógico moderno é lamentável. Com base na minha crença sobre o
potencial dessa tradição perdida de inspirar novos sentidos para a fluência musical, este texto
tem por objetivo responder importantes questões como: O que é o partimento? Por que
sabemos tão pouco sobre ele? Como sua prática se adapta à pedagogia da improvisação?
Pode a prática do partimento fazer parte da pedagogia musical no século XXI?
Throughout the 18th century, the practice of partimento flourished in Italian conservatories,
spreading eventually to Paris where it functioned as a key pedagogical tool of the “Italian
school.†Partimenti can be understood to be instructional bass lines, and was used by
thousands of classical composers and improvisers across Europe, a fact that is often
overlooked. As a music educator who studies improvisation pedagogy, the obsolescence of the
practice in the modern pedagogical landscape seems lamentable. Based on my own belief in the potential of this lost tradition to inspire new creative means to musical fluency, the present
paper seeks to answer some important questions: What are partimenti? Why do we know so
very little of them? How does the practice fit into improvisation pedagogy more broadly? Can a
practice of partimento become a part of musical pedagogy in the 21st century?
Keywords: Partimento. Musical Pedagogy. Improvisation.