Este trabalho pretende abordar os sentidos
e significados que a porta barroca
adquire no Brasil colonial, ao demarcar
a passagem entre o mundo profano e o
mundo sagrado, delimitando os espaços
de existência concernentes às coisas
do espÃrito e à s da carne, à civilização
e à barbárie. Partindo de uma breve
análise da Scala Regia de Giovanni Lorenzo
Bernini e de algumas ideias de
um ensaio de Roger Bastide, a autora
pretende ampliar um pouco a discussão
teórica e estética sobre o tema,
tratando-o a partir de aspectos alegóricos
e estilÃsticos, compreendendo esta
passagem entre dois mundos como um
elemento primordial do grande teatro
do mundo inerente à estética barroca.