Fico muito feliz pelo espaço que me é dado pela XIX Jornada Nacional de Estudos LingüÃsticos para falar sobre o poeta Patativa do Assaré e a imortalidade do seu canto. Esta conferência é na verdade a extensão de um longo diálogo que eu tive por seis anos seguidos com o poeta da Serra de Santana, serra bucólica encravada no centro sul do Estado do Ceará sobre sua vida e sua obra. Diálogos marcados pela voz e pela emoção, onde uma voz poética, oracular e demiúrgica se me oferecia plena para elucidar as três facetas que eu escolhi para tentar dimensionar o homem, o poeta e o mito e para mostrar a desenvoltura dos códigos – voz, letra e mÃdia – numa comunicação que se estabelece entre a vida, a obra e a difusão de Patativa do Assaré.