O artigo analisa as repercussões da política de patrimonialização na cidade do Rio de Janeiro e as intervenções público-privadas realizadas em áreas urbanas de valor de consumo paisagístico, monumental e patrimonial para promover o turismo e a imagem internacional da cidade. Além disso, discute a noção de paisagem cultural e de que forma ela se torna estratégica para a implementação de políticas de valorização paisagística que pode levar a processos de gentrificação. A metodologia é qualitativa, baseada na revisão de documentos, artigos científicos e pesquisas empíricas. Os resultados revelam que os projetos de valorização da sua paisagem cultural avançam para promover a sustentabilidade urbana e patrimonial. Contudo, é crucial questionar a direção desses investimentos, especialmente diante da especulação imobiliária e da turistificação que geram desafios para conciliar a estetização da cidade com uma abordagem participativa, educacional e inclusiva para a população.
