O presente artigo analisa o debate filosófico educacional brasileiro do final dos anos 1970 a meados dos anos 1980, se concentrando na recepção do marxismo no campo educacional. O nosso objetivo é dar visibilidade às variadas interpretações do marxismo pedagógico e a discussão produzida pelos pesquisadores desse campo, situando-as no debate filosófico-educacional do período. Por meio da revisão de literatura, verificamos a preponderância de um tipo de apropriação do marxismo gramsciano para abordar as questões pedagógicas, representadas pelas obras de D. Saviani, os questionamentos produzidos por essa interpretação desenvolvidos por Trigueiro Mendes e algumas outras alternativas indicadas por M. Chauí. Dessa forma contribuímos para reconstruir esse debate no campo, cujos ecos de sua repercussão são ouvidos até nossos dias nas produções intelectuais da área da Educação.