Este artigo analisa a crítica realizada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) acerca do cenário educacional da França do século XVIII. Opondo-se à educação de sua época, sobretudo àquela conduzida por grupos religiosos, como o dos Jesuítas e dos Lassalistas, o que o filósofo propôs foi uma educação que priorizava o homem, bem como o seu autoconhecimento como condição indispensável para o encontro de sua felicidade. Segundo ele, o movimento iluminista e sua crença na razão não teriam por si só as condi- ções necessárias para formar o homem integralmente, tampouco as instituições vigentes, sendo necessário o retorno aos valores intrínsecos ao homem dispostos pela natureza. Pela metodologia Histórico-crítica, se conclui que Rousseau lançou as bases de sua teoria confiando os primeiros passos da educação à natureza do homem. Por ela, ele retomava a abordagem naturalista, ao mesmo tempo em que negava a educação religiosa, rompia com o Iluminismo e fazia da educação um ato político.
This article analyzes the criticism made by philosopher Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) aboutthe educational setting of eighteenth-century France. Opposing the education of his time, especially that led by religious groups such as the Jesuits and Lasallians, what the philosopher proposed was an education that prioritized man, as well as his self-knowledge as an indispensable condition for the meeting of his life. happiness. According to him, the Enlightenment movement and its belief in reason alone would not have the necessary conditions to form man in its entirety, nor the current institutions, and it is necessary to return to the values intrinsic to man disposed by nature. From the historical-critical methodology, it is concluded that Rousseau laid the foundations of his theory by entrusting the first steps of education to the nature of man. For her, he resumed the naturalistic approach, while denying religious education, breaking with the Enlightenment, and making education a political act.