A Teologia da Libertação – TdL nasceu num contexto de opressão, buscando ser voz profética e produzindo ação transformadora, como resposta à indignação ética diante da opressão de milhões de latino-americanos. A TdL, a partir da renovação presente na Ação Católica Especializada e seus militantes (1950-1960), alimentada pelo ConcÃlio Vaticano II (1962-1965) e a corajosa mudança iniciada por MedellÃn (1968), enfrentou o desafio de ser uma teologia “fonteâ€, recuperando a memória dos pais da Igreja, colhendo os frutos da renovação conduzida pela Nouvelle Théologie (1935-1960), e deixando de ser uma teologia “reflexo†(VAZ). Ganhou o mundo, com os novos sujeitos e os desafios da diversidade. E o espÃrito que esteve sempre presente na TdL foi e continua a ser de uma teologia que luta contra toda forma de opressão, de colonialismo, inclusive da própria teologia, vigilante sobre a libertação dela própria, como alertava Juan Luis Segundo (1978). Refletida já há algumas décadas, está cada vez mais em pauta a teoria decolonial. O que ela significa, qual sua genealogia e suas ideias? E que visão crÃtica ela traz para a reflexão teológica? Emergem também hoje as Teologias pós-coloniais. Que crÃticas elas fazem à TdL? Este artigo, a partir de pesquisa bibliográfica, objetiva refletir sobre o pensamento decolonial, sobre esse pensamento e a TdL, as crÃticas da Teologia Pós-colonial à TdL, as reações, implicações e perspectivas teológicas dessas concepções para a teologia latino-americana.