Pensamento e ação política no teatro negro da “Companhia dos Comuns”

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ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Pensamento e ação política no teatro negro da “Companhia dos Comuns”

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 26
Autores: Maria Andrea Santos Soares
Autor Correspondente: Maria Andrea Santos Soares | [email protected]

Palavras-chave: Teatro, negritude, Companhia dos Comuns, movimento negro, descolonização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho parte da etnografia conduzida entre o coletivo de artistas e produtores negros Akoben para discutir negritude, engajamento político e produção teatral no trabalho artístico do grupo Companhia dos Comuns do Rio de Janeiro. A elaboração coletiva de uma reflexão acerca da posicionalidade do sujeito negro no mundo, tal como é proposta por este grupo de teatro, é discutida aqui a partir do marco teórico dos Estudos de Diáspora Africana e da Teoria Pós Colonial. Assim procedendo-se, esperamos refletir sobre os efeitos que uma experiência de criação teatral estética e politicamente situada tem enquanto uma ferramenta de descolonização do pensamento e da produção cultural afro-brasileira. Examinando uma das críticas que a peça “Roda do Mundo” recebeu, o artigo esboça uma análise acerca do modo como sociedade e estado lidam com as tensões raciais e aponta para o como a negritude foi construída no/pelo imaginário colonial.



Resumo Inglês:

This work departs from the ethnography conducted among the black artists collective Akoben to discuss blackness, political engagement and theater production in the artistic work of theater group Companhia dos Comuns from Rio de Janeiro. The collective elaboration of a reflexive thought about black positionality in the world, as it proposed by this theater group, is discussed here through the theoretical frame of African Diaspora Studies and Post Colonial Theory. By doing so, we expect to reflect upon the effects that a political and aesthetically situated theater practice has as a tool towards the decolonization of the Afro -Brazilian´s cultural production. Examining one of the critical reviews the play “Roda do Mundo” had received, the article draws an analysis regarding how society and state deal with racial tensions and points out to how blackness was constructed in/by the colonial imaginary.